MAIS
UM CAMINHO PARA A CRIATIVIDADE.
José Predebon.
A
ciência nos últimos vinte anos se dedicou como nunca ao
estudo do cérebro,
usando recursos e meios antes inimagináveis. Assim hoje temos
acesso a muitas
informações novas para entender e aproveitar melhor nosso
potencial mental.
O
fato se estende ao campo da criatividade, muito carente de
exploração séria
apesar de, é útil lembrar desde logo, tratar de uma
característica normal do
ser humano.
O
que os neurologistas descobriram no funcionamento do cérebro,
até agora, nos sugere
que para exercer a plenitude do nosso potencial de criatividade
deveríamos ter
um comportamento agressivo, do tipo dos machos alfa, e assim nos
mostrarmos mais
assertivos para produzir e defender idéias novas.
Entretanto,
ao mesmo tempo, seguindo os dados da ciência, sugerimos que
também seríamos
mais criativos se fôssemos sensíveis como as sonhadoras
donzelas dos romances
clássicos. Vejamos o porquê dessa aparente
contradição.
De
acordo com os estudos da variação do comportamento humano
relativo ao sexo,
existe uma vertente biológica e outra cultural. Sobre a primeira
não temos
controle, mas na segunda podemos adicionar alguma mudança na
direção que
decidirmos.
Dessa
forma, poderíamos ser mais assertivos (como a maioria dos
machos) do que
estamos sendo, e também poderíamos nos tornar mais
sensíveis e intuitivos (como
a maioria das fêmeas) do que somos hoje.
Estaríamos,
com essas mudanças possíveis, facilitando o
exercício do nosso potencial
criativo.
Entretanto,
para sermos bem honestos diremos que o assunto não é
simples e fica ainda mais complexo
se somarmos a essas duas maneiras de se comportar uma outra, relativa
às nossa
capacidade de estabelecer ligações (sinapses) entre os
neurônios do cérebro, no
processo que é base do pensamento.
Essa
capacidade está ligada à fluência, que traz
facilidades ao pensamento em geral,
ou para determinadas habilidades, fenômeno explorado pela teoria
das
inteligências múltiplas.
A
junção das três variáveis nos propicia um
interessante raciocínio no campo do
comportamento criativo. Para termos o máximo de criatividade,
seja qual for
nosso sexo, deveríamos ter a assertividade máxima do
macho, a sensibilidade liberada
da fêmea, e a mais alta facilidade de ligações
entre sinapses.
Tudo
isso não parece simples, mas ainda há mais complicadores:
sobre essa condição se
pode (ou deve?) somar uma outra variável, estudada pela Human
Dynamic’s, que
nos fala do temperamento mais favorável ou desfavorável
à novidade, aspecto
constante das idéias criativas.
Obviamente
essa soma de fatores nos mostra um caminho de desenvolvimento
difícil, e a
pessoa que se dispõe a explorar pode até pensar que o
resultado visado é praticamente
utópico. Mas, atenção, mesmo assim o caminho
revela uma boa direção para a
otimização de nosso comportamento criativo. Podemos nos
orientar pelo que é possível
fazer, da forma sugerida a
seguir.
Consideremos
primeiro que nunca devemos pretender ser o que no íntimo
não somos. Porém, isto
é importante, sempre podemos usar de modo inteligente a
dinâmica da nossa
evolução natural, que acontece no correr da vida, por
força da maturidade e das
influências do ambiente.
Então,
claro, podemos ter uma jornada de aperfeiçoamento, e optar pela
sua direção
mais viável.
Para
tal, aqui vai uma sugestão: pensemos em nos debruçar
sobre essas variáveis,
estudando-as, para planejar nossa evolução, não
só no campo da criatividade,
mas no sentido geral da nossa psique. Será uma tarefa delicada,
mas
gratificante.
Contudo,
atenção, antes de tudo, conheça-te! Esse era o
conselho do Oráculo de Delfos, a
entidade que aconselhava os antigos gregos. E aqui ele é super
válido, já que a
jornada de nosso aperfeiçoamento só poderá
começar se pudermos partir de uma
boa base de auto conhecimento, chave
para ligar todo e qualquer processo de crescimento pessoal. □□□
QUEM
DESEJAR RECEBER O DESENVOLVIMENTO DESTE
TEXTO, PEÇA. JP
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