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MAIS
CRIATIVIDADE? TAÍ.
SIMPLES ASSIM.
José Predebon
Tempo
de férias e preparativos carnavalescos, este mês
nos
recomenda, como diz a
moçada, “pegar leve”. Então,
Glória
Micaelo e demais pessoas que comentaram o
texto de dezembro, aguardem um breve retorno para incluirmos quem
estava
viajando. Vamos, então, ao conselho mais rápido
do mundo,
que outro dia eu dei
a um amigo apressado que cruzou comigo e disparou: predeba, diga
aí sem teorias
como a gente pode usar mais criatividade?
Como
você é homem, respondi, basta não
exercer toda a
sua masculinidade. O que é
isso, protestou ele de olhos arregalados: Você
está louco?
E se eu fosse
mulher?
Respondi
que se fosse mulher, não poderia ser frágil como
virgem
tímida. E para concluir
o assunto o remeti ao meu texto mensal de maio de 2012, quando sugeri
que nem
os machos-alfa dominadores, nem as donzelas suaves e delicadas poderiam
exercer
bem o seu potencial criativo pessoal. A eles faltaria uma abertura
à
sensibilidade, nossa avalista para uma visão
flexível do
mundo, e a
elas faltaria uma dose de
assertividade para
defender suas idéias criativas. O texto está
lá,
dando mais detalhes dessa
teoria, e ainda permitindo um mergulho maior no assunto, com outro
texto mais
completo que eu enviei aos interessados que o pediram.
Mas
então, caros leitores, neste mês de
verão
exagerado, um conselho rápido e
simples para otimizarmos nosso raciocínio criativo: dar mais
espaço para a sua
parte do sexo contrário (todos temos, acredite), seja ela do
tamanho que for.
Parece mais difícil do que é, por causa da
barreira de
preconceitos que a
sociedade alimenta. Mas, basta tentar ainda que secretamente, para
descobrir
como as ideias fluem melhor. Era isso que cabia neste mês de
férias.
Para
completar a página incluo um quinhentino* e me
despeço
com abrakos a leitores e
beijinhos às leitoras.
*Quinhentino são
meus textos com 500
caracteres exatos.
28
ANOS DEPOIS. Dizia eu em 1986, no meu livro de poesia:
“É
preciso partir já, há
muitas verdades a visitar”. Hoje digo outra coisa:
“Já que as verdades são
particulares a cada um, e nunca são definitivas, vamos
visita-las urgente,
antes que mudem, ou feneçam, e nós
também”.
É o que penso sem pessimismo, já
que nossa vida só flui no agora. O passado virou
experiências, que já gravamos,
feliz e infelizmente, pois algumas deveríamos deletar. O
futuro?
Cada vez menos
garantido, de todo lado. Então vamos ao que temos como
verdade
hoje, o que vai
de um picolé gostoso à epifania de uma orquestra
sublime.
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